Conheça a rádio AONDA!
Há tempos o rock no Rio de Janeiro respira por aparelhos. Cidades como Brasília e Curitiba recebem mais shows do gênero que a capital Fluminense, bares com propostas roqueiras têm vida curta, músicos não se sustentam apenas pela música. Um cenário calamitoso que evidencia um claro encolhimento do público roqueiro na cidade e adjacências.
Mas a guerra nunca estará perdida enquanto os guerrilheiros da mídia independente estiverem no front de batalha. E a Rádio AONDA , e sua equipe, é mais uma guerreira a suar e dar o sangue pelo rock'n'roll. Ainda engatinhando, a web rádio ainda não completou um ano de vida, mas já escancara a proposta. "A rádio AONDA não tem nenhum preconceito, tocamos de Beatles a Guns ‘N Roses, via Led Zeppelin e Dire Straits sem nenhum problema. Nosso critério é bastante específico: que a música faça sentido dentro da programação da rádio", explicou AONDA.
O Coluna Blues Rock conheceu há poucas semanas a web rádio AONDA, mas já se tornou um apoiador fiel. O rock não é apenas um gênero musical, é uma forma de dar um belo e robusto "foda-se" ao careta, ao mau gosto, ao colega mala do trabalho. Por essas e outras, a máxima de Neil Young transcende a mandamento bíblico: "Hey, hey, my, my, Rock and roll can never die"!
Ugo Medeiros - Como nasceu a Rádio AONDA?
AONDA - Luiz Antonio Mello foi convidado em maio pelo Social Rock Club (Marcelo Oliveira, Marcelo Siqueira e Cristiano Reis) para um papo sobre a história do rock e a lendária Fluminense FM. Logo após, sentamos para conversar e surgiu a ideia de fazer uma web rádio. E assim nasceu a Rádio AONDA.
UM - Posso estar equivocado, mas ela tenta preencher um espaço vazio deixado pela Fluminense FM, não?
AONDA - A Fluminense FM deixou um espaço vazio justamente porque achamos que ela é insubstituível. Sabendo disso, nosso objetivo é fazer uma rádio para os dias de hoje – assim como era a Fluminense no seu tempo.
UM - A rádio toca bastante rock clássico e um pouco de progressivo, mas sempre com um padrão de qualidade. Poderia falar um pouco sobre a programação da rádio?
AONDA - A rádio AONDA não tem nenhum compromisso com modismos e muito menos com calendários – ela é totalmente atemporal. Estamos dando prioridade para artistas novos daqui e de fora.
UM - Vocês pensam em sair um pouco do rock e, por exemplo, colocar programas de blues, jazz ou até aquele country clássico (Hank Williams)?
AONDA - De certa maneira, já fazemos isso com alguns artistas, como Fleet Foxes, Nick Drake, Neil Young. Mas, essencialmente, é uma rádio de rock.
UM - Claro que a rádio ainda está em fase de consolidação, mas vocês pensam (sonham) em entrar na rádio convencional?
AONDA - Não, por vários motivos. Para começar, uma rádio convencional exigiria um capital muito alto e concessões do governo. Além disso, achamos que como profissionais de Comunicação, temos um compromisso com o hoje. E o hoje é a internet.
UM - Fale algumas bandas de rock consagradas pela mídia e pelo público mas que dificilmente entrarão na programação d'AONDA.
AONDA - A rádio AONDA não tem nenhum preconceito, tocamos de Beatles a Guns ‘N Roses, via Led Zeppelin e Dire Straits sem nenhum problema. Nosso critério é bastante específico: que a música faça sentido dentro da programação da rádio.
UM - E quem quiser apoiar/patrocinar a rádio, como fazer?
AONDA - Entre em contato conosco, através do e-mail moliveira@radioaonda.com.br e converse com o Marcelo Oliveira, que terá muito prazer em atender a todos.
Agradecemos muito pela entrevista, pela audiência e pela divulgação da rádio. Um grande abraço da equipe (Luiz Antonio Mello, Marcelo Oliveira e Marcelo Siqueira)!