Long Strange Trip
Preparem-se "dead heads", pois Long Strange Trip chegará nesta semana para fritar os neurônios que restaram. O documentário dirigido por Amir Bar-Lev promete explorar a carreira mágica e lendária da maior banda de rock americana de todos os tempos, o Grateful Dead. O filme, que ainda conta com a produção executiva de Martin Scorcese, é fiel ao espírito desse grupo fantástico e tem incríveis 3:58h (três horas e cinquenta e oito minutos)! Coerente, já que o Grateful Dead imortalizou-se com shows que decolavam em improvisações delirantes por horas, uma sintonia energética entre músicos e público, todos guiados pelo som lisérgico dos californianos.
Grateful Dead foi o responsável por criar um folk-rock misturado com country, pitadas de blues, psicodelia dos acid tests e alguma coisa de jazz. Além do som, foram marcados pelo coração, a bela relação com o público que os seguia em caravana por todo o país. Muito antes da brincadeira "Lemmy é Deus", a seita gratefuldeadiana já elevara Jerry Garcia ao ponto máximo do cosmos (e até fundou a Igreja do Grateful Dead na cidade natal San Rafael).
As bandas californianas sessentistas, em grande parte, eram datadas e com o passar dos anos tornaram-se meras recordações das viúvas da contracultura. Isso NUNCA foi o caso do Grateful Dead! No final dos anos 1980 a banda tinha uma das maiores receitas na vendagem de ingressos, o público estava renovado e os shows eram caóticos. Ainda hoje, beirando quase 2020, vinte e dois anos após a morte de Jerry Garcia, o grupo é referência máxima no rock.
O filme estreiará no próximo 26 de maio. Talvez seja um presente de Deus - seja do oficial ou do seu substituto Jerry Garcia - porque no dia seguinte (27) é meu aniversário de casamento. No matrimônio completo dois anos, porém a minha relação com o Grateful Dead é mais longa e ao que tudo indica é eterna!
Vejam o trailer oficial, impossível não se arrepiar!